domingo, 29 de maio de 2016

Curiosidades sobre a Religião Hindu

O Hinduísmo é uma religião nascida na Índia há cerca de quatro mil anos. A maioria dos hinduístas vive no país de origem da religião, mas existem hinduístas vivendo em outras partes do mundo.
Os seguidores dessa religião não têm obrigação de freqüentar nenhum tipo de templo, porque podem cultuar seus deuses em casa. Entre suas crenças está a reencarnação. Ou seja: eles acreditam que após a morte todos os seres voltam à vida sob forma de gente ou animal. Eles também crêem que tudo o que você faz nesta vida determina a situação em que você vira na próxima. Por isso, eles pregam que o ser humano deve praticar só o bem, ser honesto, trabalhar muito e cuidar dos seus familiares e amigos. Esse modo de vida eles chamam de Dharma.
Na Índia, a vaca é um animal sagrado; nenhum indiano pode matar uma vaca, pois é um animal que pode alimentar, com seu leite, o homem. Ela é considerada mais pura do que os sacerdotes, e quando algum indiano a toca, acredita que se purifica.
Os deuses mais populares na índia são Brahma, Shiva e Vishnu é o que sustenta e protege o mundo e Shiva é aquele que destrói, dançando sobre ele.Depois, Brahma tem de reconstruir tudo.




Sistemas de Castas do Hinduísmo

O sistema de classificação evoluiu para o plano político-social-religioso. Em sua estrutura mais antiga, o sistema era constituído de quatro castas: os brâmanes (sacerdotes), os xatrias (guerreiros), os vaixás (burgueses) e os sudras (artesãos). Cada casta tem suas próprias normas e está rigorosamente separada das outras. Não é permitido o casamento misto, nem a refeição em comum, nem a participação conjunta em atividades profissionais. A quebra de qualquer dessas obrigações implica a exclusão da casta, pelo que o indivíduo fica privado de todo direito social e se torna um pária, sem casta.
Mais tarde esse número de castas inicial aumentou e chegou a mais de três mil castas e subcastas, divisão que ainda influi poderosamente na sociedade indiana, apesar da extinção legal das castas em 1947. Nessa época, o sistema dividia a população hinduísta indiana em cerca de 17 milhões de brâmanes, vinte milhões de membros das outras três castas e mais de sessenta milhões de outras categorias, entre as quais a dos intocáveis (harijans, povo de Deus).

O hinduismo é a principal religião da índia, mas também constitui um sistema social, na medida em que divide a sociedade em diferentes castas. Determinadas pela hereditariedade, as castas constituem grupos de pessoas e famílias que se diferenciam uns dos outros de acordo com a posição social que ocupam, com mais ou menos privilégios e deveres.
O sistema de castas estabelece uma rígida segregação social, por meio da qual se explica o papel de cada indivíduo na sociedade. Esse fato, na verdade, consolida as enormes desigualdades sociais existentes no país, uma vez que a mudança de um indivíduo para outra casta é considerada uma grande ofensa à religião hindu.



Rituais do Hinduísmo

A maioria dos hindus praticam rituais religiosos diariamente, costumam manter em casa um altar de devoção a seu deus, e lá queima incenso, coloca flores, velas e oferendas. Também frequenta os templos que estão entre os de arquitetura mais exuberante do mundo. Cada altar possui sempre a estátua de seu deus, e nos templos as imagens são diariamente despertadas pela manhã, lavadas, vestidas e enfeitadas com flores pelos sacerdotes. Diante do altar, os hindus recitam mantras, fórmulas sagradas escritas nos Vedas que podem aproximá-los dos deuses. Peregrinar para visitar os templos e lugares sagrados são práticas habituais. Algumas das celebrações hindus são o Festival das Luzes, comemorado em todo o país no outono com o acender de velas, o Festival das Nove Noites para a deusa Durga, em setembro ou outubro, o Festival da deusa Shiva, em março, e o Festival de Krishna, em agosto.

Nascimento
Quando nasce um bebê hindu, ele é ritualmente lavado e a palavra sagrada "OM" é escrita com mel em sua língua. Outro importante ritual é o de dar o nome ao bebê, ou namkaran.

Casamento
A cerimônia de casamento hindu pode durar até 12 dias, com festas, danças e rituais religiosos. O principal ritual acontece à noite. O casal anda em volta de um fogo sagrado e dá sete passos, cada um simbolizando um aspecto de sua vida a dois.

Morte
Os hindus tradicionalmente são cremados em uma pira aberta, acesa pelo filho mais velho do falecido. Os ossos são jogados na água, para purificá-los e libertar o espírito da pessoa.



Costumes Hinduístas

Os indianos não aceitam notas rasgadas não querem ter o trabalho de trocá-las por outras nos bancos e ficar com notas rasgadas,não é auspicioso(não é bom),pois desagrada a mãe da prosperidade,Mahalaksmi.
As mulheres viúvas não devem se casar novamente,pois a Índia foi invadida diversas vezes.Quando os seus maridos morriam os invasores ficavam com as viúvas,o que feria a honra dos hindus.
Os indianos lidam com a questão da fidelidade,dentro da cultura hindu,a mulher,é a sakti(manifestação da mãe divina da Terra).Ela representa toda sua energia e cabe ao homem lhe satisfazer e ser fiel.As mulheres voltam para as casas dos pais para terem seus filhos,pois se sentem mais seguras ao lado das mãe.Elas usam,depois do casamento uma tinta vermelha na divisa do cabelo,para indicar que são casadas e são outra metade do marido.Um homem indiano só se torna completo quando tem uma esposa ao seu lado.
No hinduísmo,as mulheres viúvas,se vestem todas de branco e não podem ser vistas por indianos que estejam saindo para negociar,elas são sinal de azar.
Todas as mulheres devem ter cabelos longos e não devem pronunciar o nome do marido em público pois isso indica total desrespeito à família dele.Eles também não devem ter nenhum tipo de contato amoroso em público porque acreditam que suas intimidades devem permanecer entre eles,além de correrem o risco de serem presos.Ao encontrarem uma pessoa mais velha,devem tocar no pé da mesma e fazer um sinal em seu rosto,pois demonstra respeito aos mais velhos.
Isso trás uma intolerância aos indianos por isso,muitos acabam saindo do país ou acabam quebrando as regras.E podem ser presos por isso.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Reportagem sobre o Hinduísmo


Conflitos da Religião Hindu

Os conflitos religiosos são mais um
dos graves problemas que a sociedade
indiana enfrenta. Os conflitos entre
muçulmanos e hindus e entre a Índia e
o país vizinho Paquistão já contam
décadas de existência.

Índia e Paquistão eram ambos
colônias britânicas. Em 1947 as duas
regiões, ainda unidas, conquistaram a
independência. Os ingleses repartiram
a região de acordo com a religião das
maiorias. Dessa forma, surgiram a
Índia, país de maioria hindu, e o
Paquistão, que por sua vez tem maioria
muçulmana.

Na época, a divisão feita pelo
governo britânico foi responsável pelo
maior êxodo da história moderna. Cerca
de quinze milhões de pessoas tiveram
que deixar suas casas e mudar-se para
as áreas de suas respectivas
religiões. Os muçulmanos que estavam
na Índia tiveram de abandonar tudo e
rumar para o Paquistão e os hindus que
viviam no Paquistão também deixaram
tudo para trás e foram obrigados a
viver na Índia.

Toda essa multidão trasladou-se de
um país para o outro entre abril e
novembro de 1947. Nesse período o
norte dos dois recém-criados países
ficou repleto de longas levas de
imigrantes, que viajaram em trens
abarrotados, em caminhões ou mesmo a
pé.

No meio desse gigantesco êxodo —
hindus de um lado da estrada
dirigindo-se à Índia e muçulmanos do
outro lado do caminho rumando para o
Paquistão —, explodiram o ódio racial
e a intolerância religiosa.

Não há números exatos, mas as
estimativas apontam para cerca de
quinhentos mil a dois milhões de
mortos. Mahatma Gandhi (1869-1948),
que havia unido muçulmanos e hindus na
luta pela liberdade e era tido como o
principal líder da resistência ao
domínio britânico, entrou em greve de
fome em protesto contra a violência.

Desde então, as relações entre os
dois países foram marcadas pela
desconfiança. Mais de vinte mil
pessoas morreram na região desde 1989.

Essa divisão causou vários
problemas. O maior deles é a região da
Caxemira, a qual fica ao norte dos
dois países e é marcada por suas
enormes montanhas.



A Caxemira era um dos 560 principados virtualmente

independentes no momento em que cessou o domínio britânico. Esses pequenos feudos hereditários eram livres para escolher qual dos dois países eles integrariam. A decisão cabia sempre ao príncipe mas obedecia, na maioria da
vezes, razões de ordem geográfica e à
vontade da maioria das populações
diretamente afetadas, Porém, quando o príncipe Junagadh, de religião
muçulmana, optou pelo Paquistão,
apesar de 80% da população de seus
súditos ser formado por hindus, o
governo da Índia decidiu ocupar
militarmente a região e um plebiscito
anulou a decisão do príncipe.

Um outro príncipe muçulmano, de
nome Hyderabad, hesitou em decidir-se.
A população de seu principado era
formada por uma maioria hindu — cerca
e 80% — e o governo da Índia, frente à
hesitação do príncipe, decidiu ocupar
militarmente a região.

No caso da Caxemira, onde a maior
parte da população é muçulmana, mas a
região, segundo a divisão feita pelos
ingleses, pertence à Índia, ocorreu
exatamente o oposto. O marajá hindu
decidiu tornar o seu reino território
hindu enquanto cerca de 75% da
população local era muçulmana. Essa
decisão revoltou a maioria e o marajá
teve de solicitar apoio militar à
Índia, o que levou a armada
paquistanesa a oferecer imediata
resistência às forças indianas. Após
um período de luta, em 1949, o
Conselho de Segurança das Nações
Unidas ordenou um cessar-fogo,
deixando sob o poder indiano o vale da
Caxemira e a maior parte dos
territórios de Jammu e Ladakh.

Seguindo a linha do cessar-fogo, as
porções norte e oeste da Caxemira
(cerca de 40% do território) couberam
ao Paquistão, que lhe deu o nome de
Azad Kashmir (que significa Caxemira
livre). Depois, ambas as nações
acordaram que futuramente seria feito
um plebiscito para definir o destino
de toda a região; porém, a Índia
jamais cumpriu essa cláusula. Para
piorar a situação, em fevereiro de
1994, o Parlamento indiano declarou
solenemente que a Caxemira
(incluindo-se também o território até
então em poder do Paquistão) era parte
inseparável da União Indiana.

A região da Caxemira, hoje um dos
pontos mais tensos do mundo, é muito
importante tanto para Índia quanto
para o Paquistão. Sua importante
posição estratégica entre o
Afeganistão e o Tibete (país que a
China conquistaria em 1951), além da
sua proximidade com o Tadjiquistão
(que, na época, fazia parte da União
Soviética), tinha uma importância
muito grande num contexto de Guerra
Fria.

Em 2005, após 58 anos, a fronteira
na região da Caxemira pode ser
atravessada a pé. A abertura aconteceu
em novembro daquele ano graças a um
acordo entre Índia e Paquistão. O
acordo ocorreu pouco mais de um mês
após um terremoto de 7,6 graus na
escala Richter assolar a região,
matando mais de 87 mil pessoas. Em
Islamabad, no Paquistão, houve um
número ainda maior de vítimas.

Fundamentos Importantes do Hinduísmo

  • Para o Hinduísmo, as pessoas possuem um espírito (atman), que é uma força perene e indestrutível. A trajetória desse espírito depende das nossas ações, pois a toda ação corresponde uma reação - Lei do Carma.
  • Enquanto não atingimos a libertação final - chama de moksha -, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é denominado Roda de Samsara, da qual só saímos após atingirmos a Iluminação.
  • Os rituais se compõem de dois elementos principais: Darshan, que é a meditação / contemplação da divindade, e o Puja (oferenda).
  • A alimentação vegetariana é um dos pontos essenciais da filosofia hindu. Isso porque é livre da impureza (morte / sangue), e como todo alimento deve ser antes oferecido aos deuses, não se poderia ofertar algo que fosse "sujo".
  • As preces são entoadas como cânticos no idioma sânscrito, língua "morta" que deu origem ao hindi e a um grande número de dialetos praticados na Índia. Essas preces recebem o nome de mantras. Os mantras são dirigidos a diversas divindades, ou estimulam qualidades pessoais. Em geral, são entoados 108 vezes, e para sua contagem utiliza-se o japa-mala (colar de contas), uma espécie de "rosário", confeccionado em sândalo ou com sementes de rudraksha (árvores consideradas altamente auspiciosas pela tradição indiana).
  • O mantra mais importante é o OM, "sílaba sagrada" que representa o próprio nome de Deus. OM é a semente de todos os mantras e princípio da criação. Foi dele que derivou toda a matéria - neste aspecto, podemos até traçar um paralelo com o gênesis da Bíblia: "E o som se fez carne".
O hinduísmo é considerado uma filosofia de ordem religiosa que engloba tradições culturais, valores e crenças obtidas através de diferentes povos. Passando por constantes adaptações até chegar ao que se conhece hoje, o Hinduísmo foi dividido em fases para melhor apresentar sua história.
Na primeira fase, chamada de Hinduísmo Védico, cultuava-se deuses tribais como Dyaus (deus do céu, deus supremo) que gerou outros deuses. Na segunda fase, a partir de adaptações de outras religiões, surgiu o Hinduísmo Bramânico que cultuava a trindade composta por Brahma (divindade da alma universal), Vishnu (divindade preservadora) e Shiva (divindade destruidora).
Na terceira fase percebem-se diferentes adaptações influenciadas por religiões a partir do cristianismo, islamismo e outras. O Hinduísmo Híbrido surgiu então como a agregação de diversas influências. Para os hindus:
- A trajetória que a alma terá é traçada de acordo com as ações praticadas aqui na Terra (lei do Carma);
- A libertação final da alma (moksha) determina o fim do ciclo da morte e do renascimento;
- Os rituais hindus devem ser feitos sempre tendo a meditação (darshan) e a oferenda aos deuses (puja);
- A alimentação deve ser vegetariana, pois considera-se a utilização da carne na alimentação como uma prática impura;
- As preces cantadas (mantras) devem ser dedicadas a todos os deuses; 
- O OM (aum) é o mantra mais importante, pois representa Deus; 
- Shiva representa o princípio masculino enquanto o princípio feminino é representado por suas esposas Parvati (mãe), Durga (deusa da beleza), Kali (senhora da destruição) e Lakshmi (senhora da arte e da criatividade).



Principais Símbolos do Hinduísmo

Hinduísmo emprega a arte do simbolismo, com efeitos surpreendentes. Nenhuma religião é tão repleta de símbolos como esta antiga religião. E todos os hindus são tocados por este simbolismo durante toda a vida de uma forma ou de outra. Muitos destes símbolos podem parecer absurdos ou mesmo estúpidos, mas descobrir o sentido profundo deste simbolismo é pura alegria.

OM ou AUM 

Como a cruz é para os cristãos, Om é para os hindus. É composto de três letras sânscritas, aa ,au e ma que, quando combinados, fazem o som Aum ou Om . O símbolo mais importante do hinduísmo, que ocorre em cada oração e invocação para a maioria dos deuses começa com ele. Como o símbolo da devoção, Om é freqüentemente encontrado na cabeça de letras, pingentes, consagrado em todos os templos hindus e santuários da família. Este símbolo é realmente uma sílaba sagrada que representa o Brahman ou o Absoluto - a fonte de toda existência. Brahman, em si, é incompreensível então um símbolo é obrigatório para nos ajudar a entende-lo. Om é também usado para significar a divindade e autoridade.

Suástica Hinduísta
Em segundo, a Suástica , símbolo que se parece com o emblema nazista, tem um grande significado religioso para os hindus. Suástica não é uma sílaba ou uma letra, mas um caráter pictórico na forma de uma cruz com ramos dobrados em ângulo reto e em frente no sentido horário. Um imperativo para todas as celebrações religiosas e festas , a suástica simboliza a natureza eterna do Brahman, pois seus pontos em todas as direções representam assim a onipresença do Absoluto.
"Suástica" O termo é uma fusão de "su" (bom) e "Asati" (a existir), o que significa quando combinado "Que Bom prevalecer". Historiadores dizem que a suástica podem ter representado uma verdadeira estrutura e que, em tempos antigos foram construídos por razões de defesa e por seu poder de proteção e desta forma começou a ser santificado.

Trishula
Trishula, significa "lança trifurcada" é a arma usada por Shiva desde suas ilustrações mais antigas (período neolítico, 4.000 A.C). E Shiva, na condição de "renovador" (destrói para construir algo novo), usa a trishula para destruir a ignorância dos homens.
Esta arma possui uma simbologia, com relação ao número de pontas que possui. Por ser um tridente, cada ponta de sua lança tem seu significado, sendo diretamente relacionadas com as três qualidades da matéria: tamas (a inércia ou a existência), rajas (o movimento ou firmamento) e sattva (o equilíbrio ou trevas). Ainda pode ser representado como o passado, presente e o futuro, visto que Shiva domina a naja, serpente mais mortifera de todas, dando assim, potencial de imortalidade.

Flor de Lótus
lótus é um dos símbolos auspiciosos e uma das mais pungentes representações do ensino budista. As raízes do lótus estão na lama, o caule cresce através da água, e perfumada flor pesadamente fica acima da água, aquecendo-se ao sol. Este padrão de crescimento significa o progresso da alma do barro do materialismo, através das águas da experiência, e para o sol brilhante da iluminação. 
"o espírito do melhor dos homens é impecável, como o lótus na água barrenta que não aderem a ele."
O lótus é um dos maiores e mais reconhecidos motivos do budismo e aparece em todos os tipos de arte budista, culturas budistas e embelezam têxteis budista, cerâmicas e arquitetura. Cada divindade budista está associada de alguma maneira com o lótus, ou estar sentado sobre uma flor de lótus em plena floração ou de se ter em suas mãos e até mesmo em pé, cada pé repousa sobre um lótus.
O lótus não cresce no Tibete e arte tão tibetana tem apenas versões estilizadas do mesmo, mas aparece com frequência com as divindades do Tibete e entre os oito símbolos auspiciosos.

Yantra
Um Yantra é um diagrama geométrico que representa o universo. É usado no hinduísmo com adoração e meditação, especialmente no tantrismo. Um Yantra é bastante semelhante a uma mandala , mas um yantra é diferente na medida em que pode ser um objeto de três dimensões, bem como um diagrama de duas dimensões.Como a mandala, o Yantra simboliza o desenvolvimento cosmogênico, do absoluto, no centro do mundo material nas bordas. Yantras têm muitas vezes um mantra semente inscrito neles, e eles são considerados o equivalente verbal de um mantra.
Um Yantra é criado somente durante um ritual extremamente complexo em um lugar ritualmente purificado e consagrado. Um yantra tridimensional é feita de placas de pedra ou metal e está imbuído com o poder de uma divindade.É então meditado como a divindade, e é usado como um instrumento de visão do invisível. Um yantra também é desenhado no local onde o templo será construído.

Crenças do Hinduísmo

Aqueles que seguem o Hinduísmo devem respeitar as coisas antigas e a tradição; acreditar nos livros sagrados; crer nas divindades; persistir no sistema das castas (determina o status de cada pessoa na sociedade); ter conhecimento da importância dos ritos; confiar nos guias espirituais e, ainda, acreditar na existência de encarnações anteriores. 

O nascimento de uma pessoa dentro de uma casta é resultado do karma produzido em vidas passadas. Somente os brâmanes, pertencentes as castas "superiores" podem realizar os rituais religiosos hindus e assumir posições de autoridade dentro dos templos.


O que é Hinduísmo?

Principal religião da Índia, o Hinduísmo é um tipo de união de crenças com estilos de vida. Sua cultura religiosa é a união de tradições étnicas. Atualmente é a terceira maior religião do mundo em número de seguidores. Tem origem em aproximadamente 3.000 a.C na antiga cultura Védica.

O Hinduísmo da forma que o conhecemos hoje é a união de diferentes manifestações culturais e religiosas. Além da Índia, tem um grande número de seguidores em países como, por exemplo, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka e Indonésia.


A história do Hinduísmo

Por volta de 1500 a.C., um povo chamado ariano invadiu a Índia, vindo de onde hoje fica o Irã. Os arianos escreveram os textos mais antigos dos Vedas. Eles criaram uma religião, chamada vedismo, que se centralizava no sacrifício de animais aos deuses. O vedismo foi o ponto de partida do hinduísmo. Mas com o tempo a influência de outros povos e ideias distanciou muito o hinduísmo do vedismo. Assim, por exemplo, as pessoas começaram a desaprovar a matança de animais para sacrifício. Num processo que começou no século II a.C. e se completou no século IV d.C., os deuses mais antigos do vedismo foram lentamente substituídos por outros, mais novos. Mas alguns ritos do vedismo sobreviveram no moderno hinduísmo.
No século XI, os muçulmanos invadiram o norte da Índia e o islamismo influenciou algumas novas escolas de hinduísmo. No final do século XV, uma nova religião, osikhismo, combinou elementos do hinduísmo e do islamismo.
No início do século XIX, a Grã-Bretanha começou a fazer da Índia uma colônia inglesa. Como reação ao domínio estrangeiro, o hinduísmo passou por um renascimento. A religião ajudou a unir os indianos contra os ingleses. Mas durante esse período alguns líderes hinduístas também começaram a criticar elementos da religião tradicional. O reformador Ram Mohun Roy, por exemplo, condenou a forma antiga de organização social chamada sistema de castas. Nesse sistema, as pessoas eram discriminadas — ou seja, tratadas de modo diferente — de acordo com a classe social em que nasciam. Os reformistas usaram algumas ideias ocidentais para modernizar o hinduísmo.
O líder hinduísta mais famoso do século XX foi Mahatma Gandhi. Ele levou para a política a ideia da ahimsa e ajudou a tornar a Índia independente da Inglaterra usando apenas métodos não violentos.
As diferenças entre os hinduístas e os muçulmanos aumentaram a partir de 1947, depois que a colônia britânica da Índia dividiu-se em dois países independentes, a Índia e o Paquistão. Milhões de hinduístas deixaram seu lar no Paquistão e foram para a Índia, e milhões de muçulmanos abandonaram a Índia e seguiram para o Paquistão. Muitos hinduístas e muçulmanos foram mortos nas disputas e brigas que envolveram esse processo. Na Índia e em outros lugares, a violência entre hinduístas e muçulmanos continua no século XXI.